O que estamos plantando?
A aprovação da proposta que descriminaliza o porte e o plantio de drogas para consumo pessoal deu um grande passo de avanço. Avanço em direção a um precipício ou desastre médico psicossocial.
Qual a diferença do crime de usar drogas que continuam ilícitas em locais públicos, frequentados por crianças e adolescentes, daquele cometido dentro de uma casa familiar, onde o usuário, com sua própria plantação, faz uso na frente dos seus familiares? Será que as autoridades apelarão para o bom senso dos usuários, cujo bom senso já foi distorcido ou abolido pela droga de consumo ou de abuso?
Até onde o espaço da vida privada de uma pessoa envolvida com o uso de drogas, que a proposta de descriminalização visa a resguardar, não afeta a vida de outras pessoas, que ainda nem começaram a experimentar — como crianças, que testemunhando a facilidade da nova prática, serão estimuladas a usar, seja mais cedo ou mais tarde? [...]
Jornal O Globo
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Sobre o autor:
ROBERTO P. COELHO é psicólogo e ouvidor da Coordenadoria Especial de Promoção da Política de Prevenção à Dependência Química da Prefeitura do Rio.
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