sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Copa Futuro de Futsal

Já estamos na 3ª rodada da Copa de Futsal entre FUTURO (Ores e alunos) e convidados (Colégio Ápice e Promove).

Todos estão convocadíssimos para mais uma emocionante competição para unir, celebrar e estreitar nossos laços futurísticos "nacionais" e "internacionais".

Esse e outros lances nos jogos deste domingo!

Neste domingo, dia 16 de setembro, temos os seguintes jogos:


Ápice x Ores/Paaes           G1 - 11h
Promove x Ores/Enem      G1 - 12h
Sala 01 x_Sala 04               G2 - 14h
Sala 02 x Sala 03                 G2 - 15h

As quadras G1 e G2 estão localizadas no Campus Educação Física, da UFU. 


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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Termina a greve dos professores da UFU

Extraído da DIRCO-UFU


Os professores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) decidiram durante assembleia realizada nesta quarta-feira (12/09), no Bloco 5 “O”, do campus Santa Mônica, pelo fim da greve na Instituição.   Durante a reunião, segundo o professor Aurelino José Ferreira Filho, presidente da Associação dos Docentes da UFU (ADUFU), ficou definido que as aulas serão retomadas na segunda-feira (17/09).

O retorno às aulas na Escola de Educação Básica (Eseba) e na Escola Técnica de Saúde (ESTES) — unidades da UFU — também será no dia 17/09.

De acordo com o presidente da ADUFU, “os professores continuam conscientes da sua força enquanto categoria e da necessidade da mobilização permanente para conquistar melhorias na carreira docente, nas condições de trabalho e na universidade pública e gratuita”.

Na segunda-feira, 17/09, o movimento grevista completaria quatro meses. Ainda, segundo Aurelino Ferreira Filho, um calendário de reposição das aulas será definido pelo Conselho de Graduação (CONGRAD) da UFU.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Opinião sobre o diploma de jornalismo


Verbos que não se ensinam

CLÓVIS ROSSI
Jornalismo é um exercício basicamente simples, que depende da boa execução de apenas quatro verbos: saber ler, ouvir, ver e contar. Se alguém acha que ao menos um desses verbos (o ideal seria que fossem todos) pode ser ensinado em uma faculdade de jornalismo, deve mesmo ser a favor do diploma específico. Quem, como eu, duvida dessa possibilidade só pode ser contra. Eu sou.

Pegue-se o verbo ler, em ambos os sentidos, o mais primário, de alfabetização para compreender palavras escritas, e o mais nobre, o de gosto pela leitura. No primeiro caso, ou se aprende a ler na escola primária ou nunca mais, salvo raros casos de autodidatas.
No segundo, tampouco a faculdade pode ensinar o gosto pela leitura. Ou vem do berço ou se adquire nos primeiros tempos pós-alfabetização.

Como não creio que se possa escrever bem sem ler bastante, depender da faculdade de jornalismo para desenvolver esse gosto só fará o profissional chegar ao mercado de trabalho com um deficit talvez irreparável.

Alguma faculdade pode ensinar a ver? Ou a ouvir? Duvido.

Pode, sim, desenvolver o talento, de todo modo natural, para contar histórias. Mas qualquer faculdade pode fazê-lo, acho.

Fernando Real
Pulemos da teoria para os fatos concretos. Ricardo Kotscho não fez faculdade de jornalismo. Nem qualquer outra, a não ser depois que já estava solidamente instalado na profissão. Nada disso o impediu de se tornar um dos melhores repórteres de todos os tempos no jornalismo brasileiro.

Se, quando eu lhe dei o primeiro emprego na chamada grande imprensa (no "Estadão"), já vigorasse a exigência do diploma, o jornalismo brasileiro teria perdido um imenso talento.

Se a obrigatoriedade do diploma valesse nos anos 1960, o jornalismo brasileiro teria ficado sem o gênio de Cláudio Abramo (1923-1987), que foi corresponsável pelas reformas que tornaram o "Estadão", primeiro, e a Folha, depois, os grandes jornais que são.

Abramo não tinha diploma algum. Não obstante, foi convidado pela USP para ministrar curso de aperfeiçoamento para estudantes de pós-graduação. Irônico, não?

Desconfio que boa parte das equipes com as quais Cláudio trabalhou tampouco tinha diploma de jornalista, o que não impediu que fizessem grandes jornais.

Esclareço, antes que alguém suspeite que estou advogando em causa própria, que eu, ao contrário de Kotscho e Abramo, tenho, sim, diploma específico, aliás o único. Mas garanto que aprendi mais, na prática, com gente como Kotscho, Abramo e tantos outros sem diploma do que na faculdade.

Um segundo ponto que me leva a ser contra o diploma específico é a evidência de que nem a mais perfeita faculdade de jornalismo do mundo pode ter um currículo que ensine a seus alunos todos os temas que, um dia ou outro, podem lhes cair sobre a cabeça. Não dá para ensinar agricultura e transportes, tênis e política, legislação e teatro --e por aí vai. Não dá.

Quem pensa em entrar para o jornalismo com um objetivo definido (jornalismo econômico, digamos) deve fazer economia e não jornalismo. Se tiver desenvolvido os quatro verbos-pilares (ver, ouvir, ler e contar), estará mais pronto para a profissão, na área específica, do que se fizer jornalismo.

Último ponto: não entro na discussão sobre a diferença entre profissões (medicina, engenharia, por exemplo) que, mal exercidas, podem matar, e aquelas (jornalismo) que não podem e, portanto, não precisam de diploma específico. Jornalismo pode matar, sim, mesmo que seja moralmente. Mas é de uma presunção absurda supor que só faculdades de jornalismo ensinam ética.